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Renault vai construir um carro totalmente novo para 2018

As equipas de Fórmula 1 puderam, este ano, concentrar-se até mais tarde do que é normal no desenvolvimento dos carros desta temporada, essencialmente pela estabilidade dos regulamentos que fará com que não haja novidades de grande monta nos carros de 2018, tirando a adopção do Halo. Que obrigará a algumas adaptações a nível aerodinâmico e de distribuição de massas, mas com que as equipas de engenheiros já contam há alguns meses.

Quer isto dizer que há até equipas a introduzirem desenvolvimentos nos seus carros que serão usados nos monolugares do próximo ano, basicamente evoluções dos desta época. Todas as equipas apresentarão evoluções dos chassis deste ano? Como introduziria qualquer livro de Astérix, «não, num canto da Gália há uma equipa irredutível que resiste à tendência geral de todas as outras!». Porque a Renault, descontente com a forma como não deverá atingir o objectivo traçado para este ano (5.º lugar entre os Construtores) prepara-se para fazer um carro totalmente novo!

«Estamos a fazer grandes progressos em Enstone e é aí que está o nosso foco actual», revelou Nick Chester, o projectista-chefe da Renault, no que ao chassis diz respeito, não negando, contudo, que a equipa poderá experimentar, nos treinos livres do G.P. do Brasil, componentes já destinados ao R.S.18. «Apesar de quase não haver alterações nos regulamentos, será um carro totalmente novo».

«Aprendemos muito sobre aerodinâmica e as afinações com o carro construído segundo as regras de 2017, portanto o próximo carro deve representar um grande passo em frente», explicou Nick Chester, adiantando: «Vamos fazer alguns testes aerodinâmicos nos treinos livres no Brasil com diversa instrumentação para prepararmos o ‘pack’ de 2018».

Mas o carro de 2018 não é só composto pelo chassis e, nas últimas provas, o motor tem deixado a marca francesa ficar mal, tanto na sua própria equipa como nas suas fornecidas. Cyril Abiteboul, director geral da Renault Sport, não foge ao problema e assume: «O G.P. do México foi particularmente difícil para nós, com um número inaceitável de problemas mecânicos, mas a nossa intenção é reagir e rapidamente! As especificidades da prova mexicana acentuaram as nossas fragilidades».

«A ‘performance’ do nosso motor progrediu muito este ano e os resultados tanto em qualificação como em corrida provam-no. Mas temos de reencontrar um bom grau de fiabilidade, tanto para nós como para os nossos clientes, mesmo se Max Verstappen conseguiu uma brilhante vitória. Mas é fundamental que consigamos evoluir até já a pensar na próxima época. Temos os meios, a nossa organização é estável, robusta e competente», acrescentou Abiteboul que confirmou que estão a ser feitos grandes avanços no desenvolvimento do motor para 2018. Diz-se até que a Renault estará muito concentrada em arranjar um «modo de qualificação» como têm os grupos propulsores da Mercedes e Ferrari.

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